domingo, 15 de fevereiro de 2009

Digo porque vivo I

Os últimos dias foram muito custosos. Passaram com lentidão, densos e pesados. Tive que pensar mil coisas, sofrer por antecipação, escolher. Mas no final as coisas se encontram, e a linha termina no lugar onde realmente havia de parar.
A necessidade de escrever chegou de supetão, e logo vi aqui o meu bote de escape ao naufrágio. Eu preciso ser mais leve, respirar ar puro. Levantar a cabeça e ver o céu que passa, nunca o mesmo. Também sou um pouco 'não o mesmo', feito duna do deserto: cada vento que sopra em mim pode me moldar outro.
Deserto, essa palavra diz muita coisa. Cada grão é uma letra, e nesse mundo tão vasto eu passo, arrastando comigo as palavras que me definem, deixando para trás as obsoletas. Eu sou renovável.
PS: O Blog comemorou um ano há 9 dias, e nem fiz festa ou algum tópico. Me declaro um sobrevivente da escrita, porque "Eu não me incomodo muito com defeito. Defeito é coisa que nunca me atrapalhou.", como disse Clarice. Então eu me escrevo e fico um pouco acostumado a isso, às vezes acho chato, às vezes não. Mas isso é comum para mim, e fico aqui com minha intenção de prosseguir e ver aonde dá.

2 comentários:

Unknown disse...

Clarisse como guro literário...que chiiique !!! =)

Anônimo disse...

A necessidade de escrever chega, venta, voa, pousa, mas nunca repousa - ou será que estou enganada? Talvez, provavelmente, mas não vou desescrever. Prossigamos, prossigamos.

=*