São as águas de março,
fechando o verão:
que tarda,
que esquenta,
sem chuva
e arde até o anoitecer.
É a moça que dorme na rede,
é o bicho no mato
e o som de
fadinhas
pirilampos
cigarras
coisinhas que voam.
É o sobradinho aberto,
a cortina parada:
- Quedê o vento? pergunta a velha.
E nada.
Na igrejinha é meia-noite,
ninguém mais transita
- Madrugada é dos mortos, murmura a velha.
É o sono que chega
e a criança deitada
a mãe sossegada
brincadeira de roda
só quando o galo cantar.
E amanhã vai chover:
promessa de vida no teu coração.
Um comentário:
Lindo, Allan, muito bom ...
P.S. Acho que estou vivendo todas as promessas de vida...
hahha
Beeijooos
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