Hoje acordei cedo. Tão cedo que eu mesmo estranhei estar de pé àquela hora. Levantei soturno da cama, como um gato que se espicha assustado. Caminhei até a cozinha, vi o pão, a manteiga e o café. Sentei. Pausei um momento, olhei a janela, e vi o campo que lá fora se iluminava pelo Sol. Senti-me bem, eu que em minhas manhãs costumo estar mergulhado em tédio, mas não só nelas, talvez durante o dia inteiro.
Terminado o ritual exigido pela manhã, corri pela grama até o mais verdejante ponto. Lá deitei-me sem medo do calor, que era apazigüado pelo vento. Vento forte, fugaz, faceiro. As andorinhas refestelavam-se pelos ares, percorriam as árvores atrás de frutos, e furtavam-me pequenos galhinhos. Senti que era aquele o momento de me libertar, e então, como uma perdiz, lúcida e alabastrina, lancei-me ao ar, consciente de que o limite de tudo era a minha imaginação: infindável.
Terminado o ritual exigido pela manhã, corri pela grama até o mais verdejante ponto. Lá deitei-me sem medo do calor, que era apazigüado pelo vento. Vento forte, fugaz, faceiro. As andorinhas refestelavam-se pelos ares, percorriam as árvores atrás de frutos, e furtavam-me pequenos galhinhos. Senti que era aquele o momento de me libertar, e então, como uma perdiz, lúcida e alabastrina, lancei-me ao ar, consciente de que o limite de tudo era a minha imaginação: infindável.
Um comentário:
eu viajo com os seus textos, não por não entender, mas por causa das imagens... são lindas, e é ótimo poder ver na minha mente o que você escreve
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